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Artigo: Utilização de computação em nuvem exige cautela
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Utilização de computação em nuvem exige cautela
Uso da tecnologia esbarra na infraestrutura de telecomunicações.
Publicado no jornal "DIÁRIO DO COMÉRCIO" em 25/06/13 REPORTAGEM LOCAL
Apesar de se tornar assunto da moda apenas recentemente, os temas da virtualização de servidores e cloud computing já vêm sendo discutidos em empresas de tecnologia há pelo menos quatro anos. É o que afirma o diretor de Operações da MR Consultoria, Sérgio Santiago. A empresa é especializada em outsourcing e consultoria de tecnologia da informação (TI), com mais de 14 anos de experiência e com clientes que atuam no Brasil e no exterior. Para Santiago, embora a virtualização seja uma tendência, devemos avaliar muito bem quando a decisão é utilizar esta tecnologia no modelo cloud computing e deve ser vista com cautela, especialmente em função da baixa qualidade da rede de telecomunicações no Brasil.
“Percebemos nesses últimos anos uma grande evolução rumo à virtualização de servidores no Brasil. Trabalhamos com a premissa de que nos próximos dois anos a maior parte das empresas vai virtualizar ao menos uma de suas atividades computacionais, mas nem sempre as mais importantes”, comenta.
Essa evolução está fazendo com que diversos aspectos dessa tecnologia estejam sendo progressivamente melhorados. Os fornecedores atuais de servidores estão investindo cada vez mais nesse tipo de conceito tecnológico.
Entretanto, mesmo com os avanços que a tornaram uma tendência, quando pensamos em utilizar tecnologia de virtualização de servidores no modelo cloud computing, ainda enfrentamos alguns pontos críticos no Brasil. Segundo Santiago, os riscos da computação em nuvem na atualidade são menores do que há dois anos, mas há problemas no que diz respeito a contratos e infraestrutura.
“Ainda não está claro, contratualmente falando, o que acontece em caso de perda ou mesmo vazamento de informações. Acho que esse ainda é um grande obstáculo ao avanço da computação na nuvem, mas acredito que em um ou dois anos esse assunto será equacionado de modo satisfatório para o cliente”, explica o diretor, que assinala que a maioria dos contratos de computação em nuvem da atualidade não especificam de uma maneira clara e objetiva as responsabilidades do prestador de serviço em relação à perda de dados, algo que não é satisfatório para as empresas que buscam esse serviço.
Outro entrave relevante à computação em nuvem é a infraestrutura brasileira de telecomunicações. “Toda vez que uma empresa transfere seus processos de TI para uma nuvem ela passa a depender de serviços de telecomunicação para acessar os sistemas. Embora existam alguns provedores de transmissão de dados, há muitos casos em que o acesso ao cliente é feito por apenas um provedor. Se esse provedor enfrentar problemas técnicos, todo o investimento será comprometido”, comenta, acrescentando que essa precariedade de infraestrutura de telecomunicações no Brasil é um ponto que deve ser levado em conta pelas empresas que pretendem utilizar os seus processos de TI neste modelo.
Quando o assunto é a estrutura de telecomunicações disponível no país, o problema não é somente saber se há a disponibilidade do serviço, mas também a qualidade dessa conexão. Santiago explica que ao externar um serviço como e-mail ou um sistema de gestão empresarial, por exemplo, a velocidade do link de acesso será decisiva para uma performance adequada do serviço.
Mesmo com essas questões em aberto, o diretor de operações da MR Consultoria acredita que a virtualização dos servidores e a computação em nuvem chegaram para ficar. “Se olharmos para a maior parte de nossos clientes em uma perspectiva de longo prazo, os investimentos que estão sendo feitos apontam para a aceitação e utilização dessas tecnologias”, explica, acrescentando que nos dois últimos anos três grandes clientes da empresa já partiram para essa tendência com o apoio da MR Consultoria.
No cenário que vai sendo formado pelos investimentos das empresas, a virtualização mostra-se como uma das melhores formas de otimizar recursos. Segundo Santiago, “se hoje você tem nove servidores dentro de um parque de infraestrutura, você acaba migrando isso para dois servidores, no máximo três, mas com uma performance muito melhor, uma redundância muito melhor e uma segurança muito maior”.
Superados os obstáculos, o cloud computing é uma forma de otimizar processos. “A computação em nuvem será fundamental, uma coisa que todos irão buscar em alguma medida. Ela poderá representar um ganho de escalabilidade muito importante para a infraestrutura da área de TI, com custo cada vez mais viável”, assinala Santiago, salientando ainda que também nesse processo a empresa deve contar com um parceiro confiável, que conheça o seu negócio e faça a gestão dos fornecedores com sintonia fina.
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Artigo: Qual é o momento certo de trocar o ERP?
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Qual é o momento certo de trocar o ERP?
Sistemas de gestão não têm "data de validade", mas alguns pontos críticos podem determinar sua atualização.
Publicado no site "COMPUTERWORLD" em 01/12/11 PAULO SILAS MARTINS
O mercado competitivo obriga as empresas a serem mais ágeis e a investirem cada vez mais na qualidade de seus produtos e serviços e também no atendimento aos clientes. Uma solução de ERP adequada é indispensável para que uma empresa obtenha destaque em seu segmento.
A tecnologia evolui, as empresas crescem e o ERP deve acompanhar essas mudanças. Há softwares que permitem customizações, mas nem sempre elas resolvem o problema, e a empresa se prejudica com um sistema que não atende mais as necessidades. É nessa hora que nasce a questão: chegou o momento de trocar o ERP?
A dúvida sobre trocar ou não o ERP surge porque a implantação de uma solução que envolve setores tão fundamentais da empresa é trabalhosa. Os funcionários precisam de tempo para adaptar-se ao novo sistema. Por isso, parece mais fácil fazer adaptações no ERP que as pessoas já estão acostumadas. Mas antes de decidir trocar ou não é preciso analisar algumas questões.
O surgimento de uma nova tecnologia não é fundamental para a troca do ERP. Mais importante que uma nova tecnologia é avaliar se as necessidades da empresa são atendidas pelo atual fornecedor do software. Crescimento da organização, mudanças legais ou alterações de processos internos são situações que exigem a alteração do sistema. Se o atual ERP consegue atender essas mudanças com eficiência, não há necessidade da troca.
Também é importante ressaltar que a solução ERP não tem "data de validade". Mas é preciso analisar se o fornecedor do software realiza as atualizações tecnológicas, nos bancos de dados e nos aplicativos. As novas tecnologias trazem maior agilidade na utilização de determinados processos e melhoram alguns procedimentos. Portanto, se o fornecedor não atualiza seu ERP pode haver a necessidade de trocá-lo.
Observar se o uso de planilhas eletrônicas é demasiado ou concorre com o ERP também é importante. Afinal, se é preciso um "sistema" paralelo, isso demonstra que a solução não está atendendo as necessidades, ou seja, está obsoleto.
Se há dúvidas que a sua solução de ERP está ajudando a sua empresa a vencer seus desafios, talvez esteja na hora de pensar na troca do seu ERP.
Abaixo alguns pontos a considerar para saber se é o momento da troca de seu ERP.
Tecnologia
- Evolução: A evolução de seu ERP NÃO acompanha a dinâmica de crescimento da sua empresa?
- Velocidade de mudança: As mudanças solicitadas no seu ERP demoram a serem realizadas?
- Necessidade de infraestrutura: O seu ERP exige uma infraestrutura com custos elevados para ser operacionalizado.
Atendimento
- Treinamento: O treinamento para novos usuários de seu ERP ou novos módulos, ou implementação de novas funcionalidades é eficaz?
- Suporte: Quando solicitado suporte ao seu fornecedor de ERP ele é eficiente? Seu fornecedor de ERP lhe fornece um suporte pró-ativo ou somente quando solicitado?
- Visitas: Seu fornecedor de ERP efetua visitas regulares e avaliação de seu nível de satisfação?
- Agilidade: O atendimento do seu fornecedor do ERP oferece a agilidade necessária a solução dos seus problemas no tempo desejado?
- Custo: O custo das visitas para atendimento de suas solicitações é elevado e acabam por inibi-las?
Customizações e melhorias
- Atendimento das solicitações: As suas solicitações de melhorias são atendidas ou há necessidade de partir para controles paralelos?
- Custo das solicitações: Os custos das customizações e melhorias inviabilizam sua execução?
- Agilidade da entrega: Os prazos de entrega de suas solicitações não atendem as suas expectativas de prazo desejado?
- Qualidade: A qualidade do atendimento de suporte ou atendimento de solicitações de melhorias não apresenta a qualidade esperada ou desejada?
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Artigo: Outsourcing: aprendendo com as médias empresas
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Outsourcing: aprendendo com as médias empresas
Estudo aponta que as menores conquistam mais resultados ao terceirizar serviços em comparação com as grandes. Saiba o porquê.
Publicado no site "COMPUTERWORLD" em 13/09/11 STEPHANIE OVERBY
Enquanto a maioria das empresas de médio porte se move lentamente para a terceirização de TI em comparação com grandes companhias, uma pesquisa recente mostra que elas podem registrar mais benefícios em relação às maiores ao passar seus serviços de TI para as mãos de terceiros.
Levantamento realizado com 227 usuários de terceirização conduzido pela consultoria HfS Research e pela London School of Economics, identificou que 63% das médias empresas adeptas do outsourcing disseram que a iniciativa foi bem-sucedida para conquistar redução de custos. Nas grandes companhias, 44% afirmaram que atingiram esse objetivo.
Outro dado da pesquisa aponta que 42% das médias usuárias de terceirização obtiveram sucesso com questões regulatórias e de compliance. Nas grandes, o número foi de 30%.
Além disso, 33% das médias companhias disseram que a terceirização viabilizou eficácia nas operações globais. Já nas maiores, esse percentual foi de 18%. No quesito prover novos processos de negócios, das menores, 30% apontaram que com a ajuda de terceirização essa tarefa foi agilizada, número superior quando comparado aos 17% das grandes.
O resultado desperta uma pergunta. Por que as empresas menores registram mais ganhos com outsourcing? O fundador da HfS, Phil Fersht, responde. "Organizações de médio porte têm de agrupar mais processos para torná-los grandes o suficiente para justificar a atenção dos principais fornecedores de serviços", diz.
Por outro lado, as grandes, aponta, com receita anual de 3 bilhões de dólares, tendem a terceirizar atividades ao longo de um período que se estende por anos. Nessa cronologia, explica, talvez o help desk seja o primeiro, seguido pelo teste de aplicativos, desenvolvimento de aplicativos e, finalmente, infraestrutura.
“É um passo de cada vez. As menores não costumam fazer isso”, diz. “Raramente, as grandes organizações optam por uma abordagem ‘big bang’ de terceirização, ou seja, mais agressiva”, avalia Fersht.
Companhias de médio porte que adotaram outsourcing como parte de suas estratégias têm seus próprios problemas, como sistemas legados e falta de talentos em TI. Mas por meio da terceirização é possível eliminar obstáculos internos.
“Ter fornecedores de serviços qualificados para assumir as operações tem sido, em geral, uma experiência positiva para eles", diz Fersht. "Embora organizações de médio porte não consigam atingir o mesmo nível de redução de custos em comparação com as grandes, elas claramente desfrutam dos benefícios do acesso a tecnologias de ponta e especialistas em processos".
Para os fornecedores de outsourcing que tradicionalmente focam nas grandes, Fersht dá a dica. “O mercado de médias empresas é um campo de testes potencial para criar rápidas implementações e modelos padronizados de terceirização.”
"Os provedores precisam atacar esse setor para desenvolver um portfólio equilibrado de clientes", finaliza Fersht.
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Artigo: 7 dicas para escolher a empresa de outsourcing
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7 dicas para escolher a empresa de outsourcing
Publicado no site "COMPUTERWORLD" em 25/01/11 Redação COMPUTERWORLD
A necessidade de focar no core business é cada vez mais premente nas empresas para não perder mercado e avançar posições no ranking. Nesse cenário, a terceirização tem papel fundamental. Contudo, entregar tarefas não tão estratégicas para o negócio a um terceiro, mas não menos importantes para a empresa, é uma responsabilidade que requer avaliação cuidadosa para não incorrer em graves dores de cabeça para a corporação.
A seguir, sete pontos de maior relevância que devem ser buscados na companhia de outsourcing para obter mais tranquilidade e segurança, antes de tirar de dentro de casa algumas operações que deixarão a sua empresa mais livre para focar inteiramente no core business:
1. Gestão de relacionamento com clientes A empresa (terceiro) deverá estar apta a monitorar continuamente o relacionamento entre os executivos das duas partes e reagir de modo efetivo, caso perceba qualquer tipo de desarmonia. Tem, ainda, a atribuição de atuar como instância de acesso rápido em caos de emergências ou de eventuais urgências.
2. Documentação dos processos A empresa tem de manter documentação necessária para munir seu time de profissionais com as informações necessárias, colhidas durante a elaboração e a execução de projetos. Tem por atribuição o registro do conhecimento adquirido com o cliente em todas as fases do projeto. Esses procedimentos facilitam a tomada de decisão para qualquer alteração no projeto ou mudança de escopo.
3. Gestão de risco e de atendimento às normas regulatórias A empresa prestadora de serviços deve estar compliance com as normas regulatórias. Estar em constante busca por adaptação dos processos internos às regulamentações e orientado à eliminação de riscos, além de garantir o alinhamento dos processos de disponibilidade e de segurança à regulamentação vigente.
4. Gestão de metas A empresa deve ter as metas alinhadas com foco nos fatores custo, qualidade e inovação. Ter capacidade de guarnecer e apoiar o processo como um todo desde a concepção, planejamento e encerramento dos projetos. Com base em critérios e prioridades nas diferentes fases de projetos.
5. Gestão de serviços e de inovação Deve estar em linha com as inovações, acompanhar as tendências, de forma a apresentar vantagem para o cliente no mercado em que atua. Estar atenta às informações que auxiliem nas decisões e em eventuais abandonos de tecnologias e processos.
6. Saúde financeira Deve estar apta a comprovar os resultados financeiros da organização.
7. Controle de continuidade de serviços Empresa deve ser capaz de gerenciar interrupções nos serviços ou indisponibilidade. Essa função consolida as atribuições de governança, de processos operacionais de controle e de escalabilidade em um constante monitoramento sobre o fluxo de trabalho.
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Artigo: Computação em nuvem vai comoditizar a TI
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Computação em nuvem vai comoditizar a TI
Publicado no site "CONVERGÊNCIA DIGITAL - Hotsite Cloud Computing" em 19/10/10 FERNANDA ÂNGELO
Nicholas Carr voltou a polemizar, desta vez sobre o futuro da computação em nuvem. O especialista, autor de livros como “Does IT Matter?” e “The Big Switch: Rewiring the World, from Edison to Google”, participou nesta terça-feira, 19/10, de um debate transmitido via web pela T-Systems.
Além dele, participaram os executivos Kevin Smilie, líder global da unidade de clou da TPI, e Gregory Smith, vice-presidente da área de Technical Deal Solutions Management da T-Systems, mas o foco esteve mesmo sobre Carr.
Carr mostrou a que veio. Ele disse acreditar que o destino da TI é sua transformação em serviço, como a energia elétrica que conhecemos hoje. De acordo com ele, a Tecnologia da Informação em geral, e particularmente a capacidade de processamento das empresas, serão centralizadas no mesmo modelo usado hoje pelas geradoras e distribuidoras de energia: em grandes centros que prestarão serviços ao mercado.
Um exemplo é a oferta de sistemas de gestão no modelo SaaS (Software as a Service), que segundo Carr faz todo o sentido. A questão é saber se as companhias usuárias estão prontas para usar funcionalidades como elas são, sem o trabalho de customização a que estão acostumadas. O próprio Carr responde: “os atuais sistemas de CRM e a Salesforce.com provam que isso é possível. Os sistemas de RH estão entrando agora na nuvem e os sistemas de gestão serão os próximos”, afirma.
Para isso, o especialista acredita que no “cloud como uma revolução”. Para ele, as áreas de TI tradicionalmente trabalham isoladas, com sua própria linguagem, o que sempre tornou difícil o diálogo com as áreas de negócio. Isso explica também porque os requisitos de negócio, muitas vezes, são mal traduzidos para a tecnologia. Segundo Carr, TI tem foco em quatro elementos: infraestrutura, aplicações, dados e usuários, mas olha para eles separadamente.
Com os negócios tornando-se cada dia mais colaborativos, tudo se transforma em compartilhamento. “A revolução do cloud está forçando as áreas de TI a mudar, a fazer novas escolhas e adotar novas regras”, explica Carr. Com isso, a TI se tornaria um provedor estratégico de serviços para o negócio. Para isso, ressaltou Carr, a colaboração entre TI e as outras áreas precisa melhorar drasticamente no futuro.
Por fim, o especialista afirmou que a nuvem pode ser vista como um grande equalizador, já que se trata de uma “via de mão única”. Por conta disso, a previsão de Carr é que partes cada vez maiores das estruturas de TI devem se mover para a nuvem no futuro (primeiro para as privadas, depois para as públicas) e a entrega estará centralizada em um pequeno número de provedores de serviços.
Para Nicholas Carr, a TI como conhecemos hoje deve levar pouco mais de 20 anos para desaparecer de vez. Ele reconhece que os departamentos de TI estão condenados ao encolhimento, mas diz que ainda deve levar muito tempo para que desapareçam de vez.
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Artigo: Mais de 99% dos códigos maliciosos são para o sistema Windows
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Mais de 99% dos códigos maliciosos são para o sistema Windows
Publicado no site "COMPUTERWORLD" em 14/09/10 RUI MACIEL
Segundo estudo da empresa de segurança alemã G-Data, o ambiente da Microsoft foi o que mais despertou a atenção dos crackers no primeiro semestre, com mais de um milhão de malwares criados no período.
Ainda que os computadores da Apple tenham ganhado participação no mercado, PCs dotados de Windows ainda são o alvo preferido dos criminosos virtuais. Isso porque, segundo um estudo da empresa de segurança digital alemã G-Data, mais de 99 por cento dos malwares criados neste ano são voltados para o sistema operacional da Microsoft.
Segundo o relatório, 99,4 por cento dos 1.017.208 códigos maliciosos detectados no primeiro semestre de 2010 são direcionados ao Windows. O restante (0,6 por cento) foi criado para outros sistemas operacionais que usam Unix ou tecnologias Java. A análise indica também que houve um aumento de 50 por cento na produção de malwares em relação ao mesmo período de 2009.
O documento diz também que caso o volume de criação de códigos seja mantido neste ritmo, até o final de 2010 teremos mais de dois milhões de malwares criados. Os alvos principais destes programas são as redes sociais; e o tipo de ataque mais usado é o trojan (ou cavalo-de-Tróia) que, quando penetra em um PC, abre suas portas para a entrada de outros vírus. Ele responde por 42,6 por cento dos casos. Já a técnica que apresenta maior crescimento é o spyware, que aparece principalmente em redes sociais, para o roubo de dados.
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Artigo: Ferramenta de 1960 ganha destaque em 2010
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Ferramenta de 1960 ganha destaque em 2010
Publicado no jornal Diário do Comércio em 26/01/10 FERNANDA CHÁCARA
A virtualização de servidores não é um conceito novo. Há mais de cinquenta anos a solução já era adotada no mainframe - computador central de grande porte, dedicado normalmente ao processamento de extenso volume de informações -, que rodava, em uma mesma máquina física, diferentes estações lógicas.
Para suprir novas necessidades dos usuários frente ao aumento do volume de dados e da consolidação crescente da convergência de tecnologias, foi preciso encontrar uma forma capaz de atender as demandas das empresas. O conceito ressurgiu, então, com outros recursos e objetivos decorrentes da evolução da indústria tecnológica. Hoje, é cada vez maior o número de organizações que adotam a virtualização, que tende a se tornar padrão mundial para reduzir custos de administração, manutenção e centralizar o trabalho dos gerentes de tecnologia.
Entre os benefícios da vitualização estão a possibilidade de diferentes sistemas operacionais serem executados em uma única máquina física, o que simplifica o gerenciamento e a manutenção do equipamento além de reduzir drasticamente o consumo de energia.
A redução de custos, melhor aproveitamento de espaços físicos, facilidade para desempenhar e gerenciar serviços é outra vantagem. A busca por esse cenário já é uma realidade para empresas que adotaram uma das soluções tecnológicas mais difundidas no mercado atualmente: a virtualização. Diante do significativo aumento do volume de dados e da necessidade de maior capacidade de processamento e performance, essa tecnologia veio para otimizar a infraestrutura de TI. A partir dela, diversas máquinas virtuais podem existir, ao mesmo tempo, em uma mesma máquina física.
Uma empresa que tenha, por exemplo, uma série de desktops espalhados em filiais pelo Brasil poderá centralizá-los virtualmente em um único servidor no data center. Com a virtualização, a instalação de aplicativos nesses equipamentos, a administração, a troca periódica de cada um deles e a contratação de profissionais para manutenção não são mais necessárias como eram antes. Isso porque as máquinas podem ser acessadas remotamente - até mesmo de um iPhone. O resultado é o melhor aproveitamento da estrutura disponível na organização, sem a aquisição de novos equipamentos.
Empresas que precisam de uma enorme diversidade de plataformas de software, mas que não querem aumentar a plataforma de hardware, são beneficiadas por essa tecnologia. Os espaços físicos deixam de ser escassos e os custos de operação e manutenção diminuem, pois, a partir de um recurso físico, vários outros recursos lógicos podem ser criados.
De acordo com o diretor da Seven Internet, empresa de data center mineira, Alexandre Neves, a virtualização de servidores não beneficia somente empresas de TI. "Qualquer segmento que tenha um ou mais servidores já pode usufruir de um ambiente virtualizado. Na prática, todo serviço é crítico e necessita estar 24 horas disponível ao cliente além de suportar picos de processamento em horários específicos", explica.
O benefício é visto claramente nos data centers, que passam a ficar mais enxutos e mais fáceis de serem gerenciados. Alta disponibilidade; redução de cabeamentos, do número de máquinas e do consumo de energia; ganhos em espaço, performance e qualidade dos serviços hospedados evidenciam as vantagens da virtualização de servidores.
A criação de uma infraestrutura virtual foi exatamente o que fez a Seven Internet. A empresa investiu mais de R$ 200 mil em servidores para virtualizar a infraestrutura de TI. Com a compra de servidores e Storage da Dell - uma das maiores fabricantes de hardware do mundo -, as informações armazenadas ganharam melhor estabilidade.
"Quando a empresa investe em equipamentos para virtualização, estes, obrigatoriamente, devem ser de qualidade, com fontes redundantes, equipamentos de backup, storages, etc. Todo esse ambiente traz um grande alívio, principalmente para o administrador de servidores, que não mais se preocupa com fontes queimadas, HDs que pararam de funcionar e placas mãe, por exemplo", confirma o diretor da Seven. "Tudo é virtual. O tempo é dedicado às tarefas de administrar os serviços, e muito menos em cuidar do hardware", acrescenta.
Em média, é possível colocar de 15 a 20 servidores virtuais em um único servidor físico, o que representa uma economia considerável. Há menos servidores físicos para monitorar e menor complexidade de infraestrutura, como tomadas, portas de switch, cabos de rede e de energia necessários.
Como todas as empresas querem agilidade e eficiência nas atividades, preferencialmente a um baixo custo, as soluções de virtualização passaram a ser bastante viáveis. "Virtualização hoje é a única forma de a empresa continuar suportando suas aplicações e ainda ter margem para crescimento", declara o diretor da Seven.
Virtualização - Uma das principais tendências tecnológicas atreladas à virtualização é o cloud computing, conhecido no Brasil como computação em nuvem. A partir dela, o usuário não precisa se preocupar com tarefas como armazenamento, atualização e backup para executar aplicações. Basta acessá-las e utilizá-las diretamente da web, sem que estejam instaladas no próprio computador. Com a mesma facilidade de uso, essas aplicações ficam disponíveis na internet e podem ser utilizadas em qualquer lugar, independentemente da plataforma.
Nesse modelo, a computação (softwares e recursos de hardware) está em algum lugar da rede e é, então, acessada remotamente via internet. Não importa qual seja o sistema operacional. Por essas facilidades, a migração para essa tecnologia está cada vez mais popularizada, como pode ser visto em aplicativos de edição de texto, planilhas, edição de imagem e até softwares de gestão de relacionamento com clientes.
O cloud computing permite ao cliente contratar uma máquina virtual e esta passa a ser elástica, ou seja, pode ser modificada conforme as necessidades. Se for preciso mais processamento, é possível fazer um upgrade imediato de capacidade sem trocar equipamentos. "Temos estabilidade no produto, uma boa base instalada, suporte local, preço e SLAs de garantia. Oferecemos o que há de mais moderno em servidores e storage, backup em locais geográficos distintos, links internet redundantes com fibra ótica, além de profissionais altamente capacitados para executarem projetos de todos os portes", destaca Neves.
Como o serviço é fornecido em cluster, se um servidor parar de funcionar, os demais que fazem parte da estrutura continuam a oferecê-lo sem que haja perda de dados. Outra vantagem é que os aplicativos podem ser atualizados a qualquer momento sem gerar impacto para os usuários.
TI Verde - Ao cortar gastos e possibilitar o aproveitamento de espaços físicos, a virtualização acaba contribuindo com a economia de recursos naturais e evitando a poluição do meio ambiente. Já que essa tecnologia requer menor número de máquinas físicas, isso reduz a dissipação do calor, a necessidade de refrigeração e, conseqüentemente, o uso de energia elétrica. As soluções de virtualização reforçam a ideia de "TI Verde", que consiste em um conjunto de práticas sustentáveis de produção, gerenciamento e descarte dos equipamentos eletrônicos, com foco na utilização consciente de recursos.
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Artigo: Aquisição de software sob encomenda
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Aquisição de software sob encomenda
Publicado no jornal Diário do Comércio em 29/12/09 WILSON CALDEIRA
Qual foi a última vez que você adquiriu um software, desenvolvido sob medida para sua empresa, que foi entregue no prazo, escopo, custo e qualidade prometidos (todos juntos)? Se a resposta é sempre ou na maioria das vezes, você não precisa ler esse artigo. Aliás, certamente poderia tê-lo escrito melhor que eu.
A aquisição de software como produto de consumo parecia ser mais uma etapa na história da humanidade em que algo chegaria como novidade para poucos, seria assimilado sucessivamente pelas camadas de maior para menor poder aquisitivo (empresas e pessoas), até virar commodity e pronto, cumpriria seu ciclo comercial entre nós.
Entretanto, diferentemente de todos os seus antecessores como inovadores de mercado, software é algo, por essência, intangível até o último fio de cabelo (saber como algo intangível tem o último fio de cabelo não faz parte do escopo desse artigo).
Assim, temos uma questão bem complexa: software só faz sentido quando tem um fim específico, ou seja, automatiza um conjunto de tarefas que viram uma aplicação com uso determinado (resolve um problema do mundo real). Em outras palavras, software para automatizar cálculos vira "planilha" (pode imaginar o nome do fabricante), software para automatizar o acesso a internet vira "browser" (pode imaginar o nome do maior concorrente), software para automatizar a aplicação das leis trabalhistas, para o pagamento de funcionários, vira "sistema de folha" (pode imaginar o infinito), e assim por diante.
Podemos então afirmar que quando a necessidade é de pouca complexidade, baixa integração com outras "necessidades" e é bem definida e compreendida da mesma forma por um grande número de pessoas (usuário definitivamente não é um termo adequado), o software tem aí sua porção tangível.
Mas quando a necessidade se restringe apenas às pessoas de uma única organização, quando essa necessidade não é compreendida da mesma forma por todos nesse mesmo lugar e ainda possui um alto grau de complexidade e integração para dentro e para fora da empresa, nesse caso, estamos falando de software construído sob medida.
Costumo dizer que adquirir esse produto é mais ou menos como querer a garantia da realização de um grande sonho sem que nenhuma das partes (comprador e vendedor) saiba em detalhes quais são os limites desse sonho. bom lembrar que bons sonhos não possuem limites! Assim, fica mais fácil entender porque boa parte das aquisições de aplicações sob medida termina em pesadelo coletivo (para quem compra e para quem vende).
Seria muita pretensão encerrar o texto com uma fórmula mágica, já que problemas complexos não são resolvidos por soluções simplórias. Por outro lado, seria de pouca validade encerrar o assunto apenas levantando a questão. Além disso, existe uma infinidade de métodos e técnicas com o objetivo de resolver esse problema. Possuem esse objetivo, mas resolver efetivamente é outra história.
Assim, destaco alguns pontos que devem ser observados com especial importância no momento da aquisição de um software a ser construído sob medida para atender as virtudes da sua empresa (e também seus defeitos):
- Conheça: certifique-se que o vendedor de sonhos que está se comprometendo com a sua empresa já tenha obtido sucesso em empreitadas semelhantes. Afinal de contas, a sua expectativa é de ter o sonho realizado e não de ter mais alguém para sonhar junto;
- Entenda: só aceite promessas daquilo que for realmente compreendido da mesma forma por vendedor e comprador e que possa ser efetivamente realizado dentro das condições combinadas (prazo, escopo, custo, qualidade). Enquanto não entender, pergunte, pergunte, pergunte;
- Divida: peça um sonho em camadas, ou seja, que seja entregue primeira a camada mais simples e por último a mais etérea ("viagem na maionese" caseira). Em alguns casos, a camada mais etérea nem será necessária;
- Mantenha o foco: se mudar de sonho, é como nos jogos de tabuleiro quando você cai em uma casa que indica "volte para o início do jogo";
- Confirme: defina indicadores que medirão a utilidade e a qualidade do que será entregue. Afinal de contas, sonho realizado, não é mais sonho, é realidade, e ela pode ser medida de forma tangível.
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Artigo: 10 dicas para TI conduzir o processo de terceirização
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10 dicas para TI conduzir o processo de terceirização
Veja as vantagens de não contratar consultoria externa para apoiar a elaboração de acordos de outsourcing.
Publicado no site "COMPUTERWORLD" em 19/11/09 CIO/EUA
No momento de iniciar um processo para buscar um provedor de serviços terceirizados, o caminho mais óbvio é contratar uma consultoria especializada e que cobra custos relativamente altos por esse tipo de projeto. Mas nem toda organização está disposta ou tem condições de pagar 300 dólares ou mais por hora para um especialista que ajude a definir processos e questões contratuais.
A boa notícia é que a área de TI das empresas está capacitada a realizar, por conta própria, boa parte do trabalho que seria realizado por uma consultoria. O que, além de reduzir custos, pode tornar os contatos mais flexíveis e, ainda, permitir um relacionamento mais próximo com os provedores de serviços.
Confira dez dicas para os departamentos de TI que querem conduzir, por conta própria, todo o processo de contratação de serviços terceirizados:
1. Cuidado com os conselhos – Assim que os profissionais começam a analisar acordos de terceirização, eles tendem a buscar o opinião de terceiros. Mas não se deve acreditar em tudo que as pessoas falam, na opinião do consultor Adam Strichman, especializado em análise de outsourcing.
“A indústria está cheia de táticas para apavorar os usuários”, afirma Strichman. “Não se deve pagar para ouvir esse tipo de coisa”, acrescenta o especialista.
O consultor admite, porém, que alguns dos cuidados orientados pelos fornecedores até têm um fundo de verdade. “Só que a equipe de TI não pode se sentir pressionada e existem informações que dá para buscar em outros lugares”, conclui.
2. Foque no business case (caso de negócio) – Se existe uma peça fundamental ao sucesso do outsourcing ela é uma análise racional para o negócio dos benefícios da terceirização.
“Muitas vezes, há uma conclusão equivocada de que o outsourcing representa a melhor alternativa, quando a decisão mais apropriada seria realizar as funções internamente, desenvolver um modelo de serviços compartilhados ou implementar novas tecnologias”, diz o co-fundador e responsável pela prática de terceirização na consultoria Silvan, Paul Pinto.
Ainda segundo o executivo, a contratação de uma consultoria terceirizada não evita equívocos. O melhor caminho para acertar na decisão é que a equipe de tecnologia faça uma análise apurada do que estaria em jogo se ela optasse pelo outsourcing, a partir das demandas e das particularidades do negócio.
3. Use consultorias de forma seletiva – Quando as empresas percebem a necessidade de um conselho externo – s eja para elaborar os SLAs ou buscar casos de sucesso –devem buscar o apoio de consultores apenas para questões específicas ou para revisão de parte do trabalho. O que tende a reduzir os custos exorbitantes que esses profissionais cobrariam se fossem realizar uma análise de todas as etapas.
O CIO do banco Rabobank para Europa, Michel Hofman, conta que durante sua experiência para avaliar a terceirização, ele descobriu que o mais importante é avaliar quais as pessoas da equipe têm os requisitos necessários para conduzir esse tipo de projeto. E, a partir desse mapeamento, o gestor pode visualizar em quais momentos ele precisa de uma consultoria externa.
4. Tire vantagem de novas ferramentas – Assim como cresce o número de lojas de departamento que oferecem todo o tipo de solução para que as pessoas façam, elas mesmas, reformas domésticas, na área de tecnologia existem soluções prontas que ajudam a companhia na hora de analisar um acordo de terceirização.
As médias empresas, em particular, podem tirar proveito de ferramentas específicas para outsourcing, analisa Pinto, ao citar que existem templates (modelos prontos) de RFPs (requisitos de uma proposta) e de contratos em diversos sites.
5. Adeque a equipe – Se algum profissional do time de TI já atuou em um provedor de serviços no passado, ele pode ser aproveitado no processo de outsourcing.
“De forma geral, as pessoas que têm mais experiência em terceirização tendem a ter uma carreira ascendente na companhia ou mudam para outras áreas”, pontua Strichman. E, de acordo com ele, mesmo que esse profissional já tenha deixado a TI há algum tempo, ele vai ficar feliz em compartilhar sua visão.
6. Aproveite a crise – No caso das companhias que não têm profissionais experientes em terceirização na equipe de TI, elas podem buscar uma outra alternativa: aproveitar pessoas capacitadas e que foram dispensadas pelos provedores durante a crise internacional. Esses profissionais podem ser contratados como consultores autônomos.
7. Cuidado com os contratos – Tente aproveitar os conhecimentos legais do departamento jurídico da companhia para preparar o contrato e, principalmente, cuide para que o documento seja o mais curto possível. “Os acordos são apenas uma pequena parte para o sucesso da terceirização. Na realidade, o que se vê é o contrário”, pondera Strichman, ao afirmar que o exagero de regras acaba virando um problema no dia-a-dia do relacionamento com os provedores.
8. Explore o fornecedor – Os provedores de serviços estão abertos a participar de todo o processo de outsourcing e não vão se negar a fornecer dados para criar o business case. Óbvio que, no final das contas, eles fazem isso esperando que a empresa se transforme em um cliente.
9. Pesquise muito – “Existe uma gigantesca quantidade de pesquisas, estudos e análises disponíveis na internet e que podem fornecer um maravilhoso cenário dos processos de terceirização”, avalia Pinto.
10. Seja seletivo – Não dá para imaginar que o acordo de terceirização vai resolver todos os problemas da companhia. Para não errar nas expectativas, o ideal é começar por pequenos acordos.
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Artigo: Data center in house é inviável para várias empresas
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Data center in house é inviável para várias empresas
Publicado no jornal Diário do Comércio em 22/01/09 EZEQUIAS SENA
As empresas brasileiras finalmente estão acordando para a necessidade de amadurecer suas áreas de Tecnologia da Informação (TI). Não mais se referem ao departamento como "sala dos computadores", haja vista tenha aumentado a percepção de que TI envolve todos os colaboradores. Do porteiro ao presidente.
Quando as informações geradas dentro de uma empresa passam a ser vistas como um ponto estratégico de crescimento e produção de conhecimento, aumenta a responsabilidade dos gerentes e diretores de tecnologia. Afinal, quanto mais esse profissional identificar as necessidades da empresa e conhecer os recursos existentes que podem melhorar a eficiência e a agilidade do processo e ainda reduzir custos, mais sua posição será valorizada.
Com o crescimento da TI, os data centers se tornaram uma área ainda mais estratégica dentro das empresas, exigindo mais cuidados e abastecimento constante. Entretanto, isso gerou alguns mal-entendidos. Várias investiram na construção de um data center in house, supondo que teriam mais facilidades de acesso e estariam alimentando a "galinha dos ovos de ouro".
Construir um novo data center, entretanto, é muito mais complexo do que há 10 ou 20 anos. Primeiramente, porque foge do core business da maioria dos negócios. Depois, porque é uma "criatura" que exige muito esforço para ser cultivada em casa. Claro que há muitos profissionais que fizeram suas carreiras em data centers e temem abrir mão de um serviço que certamente paga seus salários. Mas é fato que uma minoria de data centers in house, mais especificamente apenas os desenvolvidos dentro de grandes empresas, tem condição de ser bem avaliada.
Como contraponto, há aqueles empresários que vêm engrossando a lista dos que optam pela terceirização do data center como forma de viabilizar um crescimento sustentado. Alguns começam o processo devagar, de forma híbrida, terceirizando apenas o back up. Outros mergulham nas oportunidades confiantemente, optando por um facilitador que não apenas venda a "lata" (hardware), mas principalmente uma solução completa de serviços em TI. Nos Estados Unidos, esse crescimento hoje em dia está na casa dos 13%. No Brasil, entretanto, temos a percepção de que ultrapassa a marca dos 25% ao ano.
Uma das principais vantagens da terceirização do data center é a proteção das informações da empresa contra a ação de hackers. Esse tipo de "furto" está cada vez mais corriqueiro e pode causar danos irreparáveis. Além disso, os índices de redução de custos com energia, mão-de-obra especializada, investimentos em equipamentos e infra-estrutura, resultam na melhor relação custo/beneficio. Ou seja, a empresa contará com uma instalação consolidada e dedicada, ideal para as operações de processamento de dados de missão crítica e - muito importante - com um serviço ininterrupto, o que seria inviável em um data center in house.
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Artigo: Milhares de empresas migraram de HP, SUN e EMC para sistemas IBM nos últimos 4 anos
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Milhares de empresas migraram de HP, SUN e EMC para sistemas IBM nos últimos 4 anos
Artigo extraído do IBM newsletter - 01/2009
Companhias de mercados emergentes optam por sistemas IBM em busca de data centers mais inteligentes; Mainframes são utilizados também pelos 50 principais bancos mundiais e pela maioria dos varejistas dos EUA.
A IBM anuncia que empresas de diversas indústrias do mundo inteiro migraram para sistemas IBM em busca de data centers mais inteligentes, com maior produtividade, eficiência, redução dos custos com energia e espaço físico.
“Iniciativas focadas em eco-eficiência de data centers têm estado presentes na agenda do Itaú em linha com a nossa visão de sustentabilidade. Nos últimos 18 meses, medidas desta natureza viabilizaram uma otimização de 5,3 GWh/ano de consumo de energia, gerando economia da ordem de R$ 1,2 milhão, além de ganhos ambientais com a evolução dos sistemas de refrigeração que passaram a usar gás tipo HFC, ecologicamente correto e que não agride a camada de ozônio”, afirma João Bezerra Leite, diretor de Operação de Computadores e Telecomunicações do Itaú.
Desde 2004, mais de 5.000 empresas em todo o mundo substituíram suas plataformas HP, Sun e EMC por sistemas IBM. Essas empresas têm investido em servidores das famílias System z (Mainframes), Power, System x e Storage IBM.
Os Mainframes, por exemplo, são utilizados pelos 50 principais bancos mundiais e pela maioria dos grandes varejistas dos Estados Unidos. Com isso, o System z da IBM praticamente dobrou sua participação de mercado nesta década, de acordo com o IDC. No mesmo período, a HP e a Sun perderam market share*1. A opção pelo Mainframe foi devido às suas vantagens únicas em relação às ofertas concorrentes. Por exemplo, um único Mainframe IBM System z10 é igual a aproximadamente 1500 servidores x86, utiliza até 85% menos espaço físico e consome até 85% menos energia.
Em mercados emergentes como Brasil, Cingapura, Tailândia e Filipinas a receita da IBM em Mainframes no primeiro semestre de 2008 cresceu 21%*2 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Exemplos de clientes situados em mercados em crescimento que optaram por Mainframes IBM: Banco Itau (Brasil); Hoplon (Brasil); Banco De Guayaquil (Equador); PSBank (Filipinas) e RHB Banking Group (Malásia).
A ampla adoção de Mainframes IBM trouxe os seguintes resultados:
- Crescimento da base de aplicativos de Mainframe: 600 aplicativos novos ou atualizados foram introduzidos esse ano, resultando em um total de mais de 5.000 aplicativos diferentes.
- Mais de 1.400 fornecedores independentes de software estão desenvolvendo aplicativos para Mainframes.
- Mais de 130 parceiros comerciais IBM e integradores de sistemas estão certificados para vender Mainframes.
- Mais de 500 universidades mundiais trabalharam com a IBM para ensinar conhecimentos de Mainframes e grandes sistemas. Nos últimos quatro anos, mais de 50.000 alunos participaram de treinamento em Mainframes.
A IBM anunciou recentemente o System z Migration Factory, programa que inclui avaliações de servidores concorrentes, serviços de migração e outros recursos para ajudar clientes a economizar energia, espaço e a reduzir o seu custo total de propriedade (TCO), com destaque para os seguintes resultados:
- Para System z: em menos de um ano, mais de 150 empresas em todo o mundo migraram de sistemas concorrentes para Mainframes IBM.
- Para Power Systems: mais de 1.300 clientes migraram para plataforma Power.
- Para Storage: A IBM migrou aproximadamente 2.900 clientes do mundo inteiro em mercados como os de finanças, comunicações, setor público e médias empresas.
- System x: A IBM também migrou em 2008 mais de 800 clientes do mundo inteiro para seus servidores System x em mercados como os de distribuição, serviços financeiros e médias empresas.
Exemplos de clientes que participaram do programa IBM Migration Factory incluem Adecco, Baylor, Ercot, Osram Sylvania, Phase 2, Prudential Fox & Roach e Ranstad. No Brasil, empresas como Pernambucanas e Policard também trocaram suas plataformas para sistemas IBM, buscando economia de energia, ganhos de performance e redução de TCO.
A IBM acredita que a tecnologia deve e pode, cada vez mais, ser usada para criar um planeta mais saudável, sustentável e eficiente. Por isso, investe na pesquisa e desenvolvimento de soluções que colaborem para construir infra-estruturas mais “inteligentes” e formem o que a empresa tem chamado de “smarter planet”.
*1: De acordo com os resultados do monitor trimestral IDC sobre servidores de ponta com valor superior a $250 mil entre o 3º trimestre de 2000 e o 2º trimestre de 2008. Monitor IDC de Servidores Mundiais no 2º trimestre de 2008.
*2: Números internos da IBM.
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Artigo: "Cloud computing" é só mais um termo sugestivo?
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"Cloud computing" é só mais um termo sugestivo?
Publicado no jornal Diário do Comércio em 31/10/08 ADRIANO FILADORO
O setor de tecnologia da informação tem sofrido inúmeras mudanças nos últimos 15 anos. De sistemas computacionais que ocupavam grandes salas dentro das empresas, hoje temos laptops e podemos fazer quase tudo com um bom aparelho celular. Até mesmo o aparelho de fax, que surgiu nesse meio tempo, quase não é lembrado pelos que estão cursando a universidade. Tudo mudou muito rapidamente e para melhor.
Enquanto algumas pessoas têm ressalvas em relação aos profissionais responsáveis diretamente por essas transformações, os apelidando de "nerds", temos de concordar que esses "professores pardais" dão nomes cada vez mais interessantes para as inúmeras aplicabilidades tecnológicas. Primeiro vieram as siglas, que ainda não caíram em desuso e ainda são empregadas sempre em Inglês, independentemente de você estar em Taiwan ou ter um termo correspondente em seu país de origem.
Atualmente, todos estão mais poéticos, ou talvez mais espertos. Tanto é que o termo "TI verde" pegou na hora, ainda que realmente ele sugira, em alguma medida, os benefícios do uso responsável e racional dos recursos naturais. Mas o mais curioso, nos últimos tempos, é ver um CIO indagando a outro sobre o significado de "cloud computing". Afinal, se o termo vem sendo pronunciado pelos altos executivos da Microsoft, Apple, IBM e Dell, alguma coisa importante vem pela frente. Bem, nem sempre isso é uma verdade absoluta.
Sabemos que a capacidade gerencial é um item crítico dentro de uma empresa. O gestor à altura do cargo que exerce certamente vive se questionando sobre a performance e a funcionalidade dos recursos de TI da companhia. Ele sabe que há sempre novidades em TI, seja no segmento de hardware, software ou de serviços capazes não só de suportar as operações rotineiras, mas de se transformar em uma verdadeira vantagem competitiva diante de seus concorrentes. E que isso tudo significa mais dinheiro no caixa da empresa. Portanto, hoje em dia ele está atento a termos como Àvirtualização", Àcloud computing" Ú mesmo sem saber ao certo o que é Ú e nas próximas inovações divulgadas na mídia e no mercado.
Uma coisa é certa: estar a par das inovações não é garantia de que elas sejam o melhor caminho para a estratégia de crescimento da empresa. Pelo menos, não sem o conhecimento das reais necessidades, objetivos e de tudo o que isso significa em termos de investimento. Isso justifica, em parte, a alta rotatividade de CIOs dentro das empresas. Certamente que são competentes, mas às vezes se deixam influenciar pelo deslumbre dos novos termos, criando necessidades onde elas não existem e investimentos em elefantes brancos.
O termo "cloud computing" já foi definido de várias formas, certamente até pelo seu próprio autor Ú ainda incógnito. A explicação mais plausível é que, ao contrário daquela imagem sugestiva de computadores voando pelos ares, se trata de formas de rodar sua base de serviços Ànos ares", utilizando um espaço já bastante explorado pelas operadoras de telefonia móvel. A idéia é permitir que alguém tenha acesso aos seus dados ou aos dados da sua empresa sem necessariamente estar fisicamente próximo. Total interação remota.
Se a virtualização, que propõe a multiplicação não só de servidores, mas de outros recursos de TI, como banco de dados, redes e desktops, não foi completamente percebida e aproveitada em sua totalidade pela maioria das empresas brasileiras, por exemplo, certamente ainda levará um tempo para a "cloud computing" cair no completo entendimento e aproveitamento.
Além disso, os métodos mais comuns utilizados hoje em dia para proteger o ambiente virtual não oferecem exatamente as mesmas garantias de segurança dos ambientes físicos. Isso vem exigindo aperfeiçoamento constante, como investimento em data center para se ter um backup automatizado, pronto para acelerar os processos de armazenamento e recuperação das informações com baixa movimentação, ou até mesmo a virtualização do backup. Portanto, antes de permitir que seus pensamentos voem nas "nuvens da computação", a medida mais acertada é investir em uma infra-estrutura tecnológica viável e pronta para dinamizar os negócios da sua empresa.
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Artigo: Outsourcing continua em franca expansão
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Outsourcing continua em franca expansão
Publicado no jornal Diário do Comércio em 03/09/08 GEUMA CAMPOS NASCIMENTO
O outsourcing é um processo que continua em franco crescimento no país. Desde que foi regulamentada a prática no Brasil, na década de 70, o segmento foi ocupando espaço importante na economia nacional. Entre 1985 e 1995, os serviços de outsourcing expandiram-se bastante, principalmente nas regiões metropolitanas, fruto de seguidas ondas pelo mundo de mudanças organizacionais profundas, como a reengenharia. A partir daí, seu desenvolvimento passou a acompanhar o índice positivo registrado na área em outros países desenvolvidos ou em desenvolvimento.
Paralelamente ao avanço do outsourcing, os riscos de transferência a terceiros de atividades que não fazem parte do trabalho principal da organização ou empresa diminuiu. Isso foi extremamente positivo para o segmento e resultou em um amadurecimento da prática como jamais visto.
Havia uma idéia de aplicar o outsourcing no departamento ou área da empresa que tivesse algum problema quase insolúvel. Com o tempo, a questão maior passou a ser a necessidade de racionalização de processos, sem a posição única de transferir uma falha interna para terceiros e, posteriormente, cobrá-los resultados.
O fato é que, hoje, a dinâmica da economia, a alta competitividade e a necessidade de especialização têm impulsionado como nunca as organizações na direção do uso desse tipo de prestação de serviço. Ela se tornou uma saída para otimizar custos e dar eficiência às empresas para o objetivo final de ampliação de mercado.
E, ao contrário do que se pensa, o outsourcing está gerando emprego por conta da eficiência. O modelo tem sido usado para expansão das instituições e não para substituição de sua mão-de-obra. A prática virou uma parceira para as organizações conquistarem novos mercados, e não simplesmente ocuparem espaço e executarem serviços, sem estratégia e foco nos negócios do contratante, em atividades-meios da empresa. Inclusive, para isso, planejamento e colaboração entre os envolvidos é fundamental nessa missão.
A realidade é que o outsourcing é visto hoje como uma prática que agrega inteligência à organização. Uma atividade que integra flexibilidade, conceitos atuais de gestão, com respeito à cultura da empresa contratante, reduzindo riscos e racionalizando custos. Nada se parece com o passado rançoso e sem envolvimento do contratado, o que acabava gerando desconfiança e falta de compromisso entre ambas as partes.
Muitas instituições de diversos ramos têm recorrido às empresas de outsourcing para ampliar a oferta e o desenvolvimento de serviços e produtos. Elas já descobriram a importância de ter um parceiro para garantir a ampliação de seu portfólio e, assim, oferecer opções aos seus exigentes clientes, sempre com demandas inesperadas, perenes e, muitas vezes, difíceis.
Na implementação de soluções de outsourcing, a análise da cultura organizacional, entendimento do processo, o diagnóstico adequado e o acompanhamento periódico são itens fundamentais. Principalmente nas áreas administrativas e financeiras, nos segmentos de contabilidade, controladoria, gestão de pessoal, controle patrimonial, financeiro, gestão de terceiros, contabilidade fiscal e societário.
Porém, é mais do que sabido que, para implantar um processo de outsourcing dentro de uma empresa ou organização, é preciso se calçar em alguns pontos, como avaliar e monitorar os riscos e fiscalizar as questões trabalhistas existentes. O maior receio de uma terceirização vem por parte dos funcionários. Ainda há o mito de que, se for contratada mão-de-obra terceirizada, poderão ser demitidos. Isso tem-se mostrado um grande equívoco. Na maioria dos casos, são contratados profissionais terceirizados para conclusão de projetos específicos, não se desfazendo de postos já existentes dentro da organização, conforme já foi pontuado acima.
Entretanto, para garantir novos mercados, é importante que a empresa contratada tenha um bom processo de planejamento e inove sempre, alcançando diversificados patamares de atuação, dentro de uma atividade específica do mercado. Da área contábil até a fiscal, o outsourcing tem sido uma das saídas das organizações para ganho de competitividade. Riscos haverá sempre. O que não se pode é perder negócios por desacreditar em parceiros. O segmento cresceu, se aperfeiçoou e tornou-se um integrante decisivo do sistema empresarial vigente.
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Artigo: Mainframe: expectativas do mercado
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Mainframe: expectativas do mercado
Publicado no jornal Diário do Comércio em 26/08/08 PAULO LIMA
Para muitas das grandes corporações, especialmente as dos setores financeiro, de telecomunicações e energia, além de órgãos do governo, o mainframe continua sendo o porto principal dos dados e das aplicações responsáveis pelas operações diárias. Essa realidade não vai mudar nas próximas décadas e o fato já parece ter sido assimilado pelo mercado de TI, basta analisar o crescimento registrado nas vendas de mainframe no último ano, com sinais de que a curva tende a se manter ascendente.
No entanto, o uso dessas informações além das fronteiras do mainframe sempre foi tido como um processo arriscado e que exigia muitos recursos. Hoje, porém, é possível trazer as aplicações residentes no mainframe para o século 21 com facilidade e praticidade, aproveitando os investimentos já feitos. Afinal, não importa qual tipo de sistema legado sua empresa esteja usando ou o nível de complexidade das suas necessidades corporativas. O que se busca é uma base segura, confiável e escalável para a modernização das aplicações no mainframe.
Ampliar a funcionalidade do legado para clientes, fornecedores e parceiros é uma necessidade vital para as companhias, assim como oferecer integração em tempo real da funcionalidade do legado com aplicações corporativas, como CRM, ERP e SCM, e melhorar a produtividade com fluxo de trabalho aprimorado e melhores interfaces de usuário.
Permitir que o legado participe do desenvolvimento de aplicações compostas e SOA (arquitetura orientada a serviço) é outro ponto fundamental. Há mais de duas décadas as empresas engajam-se em projetos para a integração de suas diferentes aplicações armazenadas no legado, mas mesmo assim continuam criando novas aplicações que atendem apenas a problemas específicos da empresa.
Alguns desses projetos bem sucedidos resultaram em soluções pontuais que, embora agregassem valor ao negócio, não atenderam plenamente aos objetivos. Outros não foram bem sucedidos porque não conseguiram integrar tecnologias incompatíveis de forma flexível o suficiente para atender às necessidades reais da empresa. Já na arquitetura orientada a serviço, a funcionalidade da aplicação é definida como um conjunto de serviços que pode ser publicado na rede e acessado por qualquer sistema autorizado.
Quando as aplicações do legado conseguem operar entre si em um ambiente SOA, podem ser combinadas e atuar como alicerces para a composição de novas aplicações. Uma estratégia SOA precisa englobar capacitação para serviço das aplicações atualmente em produção, e não considerar apenas o desenvolvimento de novas aplicações.
E não nos esqueçamos dos programas de emulação, que atualmente possibilitam diversos recursos como integração com base de dados, execução de scripts de validação e navegações pré-definidas em telas com captura de dados e preenchimento automático. Assim, os clientes podem proteger a transferência de dados, aumentar a produtividade do usuário e fazer conexões confiáveis a partir de qualquer desktop para qualquer sistema legado.
Outro ponto é a tecnologia Web-to-Host (W2H), por meio de projetos de rejuvenescimento. Esses projetos funcionam da seguinte maneira: o acesso ao mainframe se dá através de produtos que convertem as telas em formato web com aplicação de estilos, possibilitando que a emulação seja efetuada por meio de site ou portal web de forma totalmente transparente e segura, com aparência mais amigável para o usuário.
Em resumo, a solução de integração de sua empresa, para ser eficiente de fato, precisa contemplar um enfoque avançado a serviços capaz de ajudar o departamento de TI a ampliar a lógica e os dados do legado para reutilização em soluções web, de CRM, portais, para ambientes móveis, de centrais de atendimento e de auto-atendimento via web. Assim, é possível aproveitar o conhecimento em desenvolvimento, ferramentas de TI já conhecidas e os investimentos já comprovados nos mainframes.
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Artigo: Como e onde integrar os dados corporativos?
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Como e onde integrar os dados corporativos?
Publicado no jornal Diário do Comércio em 25/08/08 MARCOS ABELLÓN
A necessidade da integração da informação em todas a áreas da empresa e também entre clientes e fornecedores continua sendo um problema crucial a ser resolvido pela maioria das companhias. O que usualmente acontece é que os sistemas legados implementados nas empresas, em diferentes momentos, por diversos fornecedores e principalmente com tecnologias distintas resultam em dados distribuídos, redundantes e de difícil gerenciamento.
Creio que aproximadamente 80% das decisões de uma empresa necessitam de um tempo de resposta muito rápido. Para isso, geralmente, são necessárias informações de áreas distintas, avaliações de resultados internos e externos e uma análise de muitos dados históricos. Em paralelo, é possível ver que quanto maior a fragmentação desses dados corporativo proporcionalmente será o custo, a morosidade, a inflexibilidade e a instabilidade da consolidação e do sincronismo dos dados necessários para a tomada de decisão.
Uma das soluções adotadas por algumas empresas hoje em dia é o portal corporativo, que é tido por muitos como o mais importante projeto de gestão da informação da atualidade. O portal corporativo estende sua aplicação à intranet ou até mesmo a internet.
Além disso, ele se constitui em um único ponto de armazenamento e acesso a todos os recursos de informação e conhecimento da empresa. Dentre os benefícios, destaca-se a facilidade de acesso às informações anteriormente distribuídas nos diversos sistemas e até mesmo em planilhas do Excel gravadas localmente nos equipamentos dos funcionários.
Os portais auxiliam executivos, gerentes e analistas de negócios a acessar as informações corporativas para a tomada de decisões de negócio. Há também portais mais abrangentes, os quais têm a função de suportar decisões e, ao mesmo tempo, oferecerem a possibilidade de colaboração entre usuários, integrando as pessoas necessárias para a realização dos negócios da empresa como, por exemplo, workflow de tarefas.
No mercado, existem plataformas fantásticas para a criação do portal corporativo, que facilitam a criação e a manutenção de portais para todos os aspectos da empresa. A partir disso, a informação de BI integrada a essas plataformas permite de forma mais fácil o acesso e a análise de informações a qualquer momento e em qualquer lugar aos tomadores de decisões. Com isso, é possível obter informações atualizadas mesmo que as pessoas trabalhem, colaborem e tomem decisões na área de trabalho ou na web.
Vale ressaltar alguns dos benefícios oferecidos por essas plataformas: integração total a aplicativos de desktop conhecidos, e-mails e navegadores da web; melhora da produtividade dos funcionários simplificando as atividades comerciais rotineiras; ajuda a garantir que informações comerciais sigilosas sejam controladas e gerenciadas de forma eficiente.
Além disso, simplifica o acesso em toda a organização a informações estruturadas e não-estruturadas em sistemas distintos; conecta pessoas a informações e conhecimentos; permite usar soluções inteligentes baseadas em formulários eletrônicos para coletar informações críticas de clientes, parceiros e fornecedores, por meio de um navegador da web.
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Artigo: Mainframe: retorno ou reconhecimento?
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Mainframe: retorno ou reconhecimento?
Publicado no jornal Diário do Comércio em 11/07/08 MAURÍCIO DA COSTA E SILVA
Já há alguns meses o mercado mundial de TI vem demonstrando alguma surpresa com os sólidos números apresentados pelas vendas de mainframes nos últimos trimestres. Maior exemplo disso foram os últimos relatórios trimestrais de desempenho dos fabricantes apresentados pelo Gartner e pela IDC (International Data Corporation). As duas organizações de pesquisa, com pequena variação de percentual, apontaram o mercado mundial de servidores em crescimento e a IBM na liderança do segmento.
Até aí, nenhuma surpresa. O surpreendente nestes tempos de idolatração da plataforma baixa, foi a constatação - tanto do Gartner como da IDC - de que uma boa parcela do desempenho da IBM deve-se à venda de mainframes. Sim, os bons e velhos mainframes. Segundo a IDC, as vendas de equipamentos da linha System z cresceram, no primeiro trimestre deste ano, 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Há um número ainda mais sintomático: terminado o primeiro trimestre de 2007, o mercado percebe que os mainframes representaram 9,5% de todas as vendas de servidores da IBM. Os números são recentes, mas a tendência já havia sido indicada em uma outra pesquisa, esta realizada pela Software Strategies, que indicava justamente a boa saúde dos mainframes em 2007. Como fator para o "renascimento", o estudo apontava a capacidade de processamento, segurança e a flexibilidade de utilização tanto para novas aplicações como para as tradicionais como principais motivos.
Outro fator apontado pela Software Strategies é a crescente utilização de SOA como arquitetura universal para novos aplicativos de negócios. A dobradinha SOA/mainframe, ao que parece, vem se mostrando das mais eficientes e seguras tanto para aplicações como para bancos de dados. Todos estes números e pesquisas tem sido utilizados por fornecedores e analistas para apontar o "renascimento" do mainframe, o que demonstra, na verdade, uma visão distorcida deste mercado.
O mainframe não está renascendo porque, de fato, nunca morreu. Um olhar um pouco mais profundo sobre a trajetória do mercado mostra que houve, sim, um período em que uma determinada parcela do mercado estava desatendida por equipamentos de menor valor e se viu obrigada a recorrer a aquisição de mainframes. A questão era simples: determinadas aplicações ainda não eram suportadas a contento pelos servidores de plataforma baixa.
Para estas aplicações, apesar de superdimensionados, os mainframes eram a alternativa mais segura e eficiente. Com o tempo, as tecnologias aplicadas à plataforma baixa se desenvolveram e começaram a dar a estas empresas outras opções, mais baratas e tão eficientes quanto o mainframe. Houve então uma migração natural para estes equipamentos, agora dimensionados de acordo com a real necessidade de seus usuários. Este movimento fez com que muitos decretassem a morte do mainframe.
Na realidade, e o próprio mercado demonstra isso hoje, o mainframe não morreu, apenas retornou ao seu lugar de direito: um equipamento confiável e seguro para cargas de trabalho críticas. Está claro que a maioria das empresas usuárias de mainframe o vêem hoje como crucial para aplicações críticas e não abrem mão de sua disponibilidade e segurança.
O fato é que o mainframe não está renascendo, mas ganhando o reconhecimento por aquilo para o que foi criado. Não há mágica nisso, é apenas o mercado ajustando-se às suas necessidades e encontrando a melhor solução para cada uma delas.
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Artigo: Não vou terceirizar a área de TI!
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Não vou terceirizar a área de TI!
Publicado no site "CONVERGÊNCIA DIGITAL" em 13/06/06 REGES BRONZATTI
Costumeiramente, esta expressão é repetida em salas de reuniões, partindo de altos executivos, alguns nascidos na área de TI, outros com aversão à tecnologia.
Não deixam de ter razão, sob certos aspectos, quando analisamos os resultados que muitas empresas estão obtendo com terceirizações inadequadas onde a motivação para esta tomada de decisão foi, unicamente, a redução de custos trabalhistas. Mas iniciar um processo desta envergadura, esperando somente uma grande redução de custos e de forma imediata é um dos equívocos clássicos neste tipo de investimento que passa por contratações de falsas cooperativas de mão-de-obra até uso de supostos artifícios fiscais e trabalhistas, pelo terceirizado, para evitar custos sociais inerentes a alocação de técnicos qualificados.
A terceirização em TI é um instrumento dentro de um processo maior de sobrevivência e competitividade das empresas, traduzidas singelamente em preços competitivos e serviços oferecidos e sintonizados com a satisfação dos clientes.
Para que se tenha uma boa terceirização em TI, as empresas precisam entender, tanto os potenciais benefícios, os custos de se terceirizar, as implicações jurídicas, os principais motivos que as levaram a terceirizar, antes mesmo de decidirem o quê terceirizar e com qual fornecedor fechar negócio. Neste sentido, a insegurança da grande maioria dos profissionais e gestores de TI, provocada pelo sentimento, ou realidade, de perda de controle da situação pode ser um fator impeditivo para muitas empresas iniciarem este processo e de se tornarem mais competitivas, usando a TI como alavanca propulsora do negócio. Neste sentido, é crucial torná-los ativos e participantes no processo de transição, já que terceirização não desemprega pessoas, mas, evidentemente, retira muitos da zona de conforto.
O resultado e a efetiva redução de custos com terceirizações bem sucedidas virão ao longo do tempo, a médio e longo prazo, desde que cumprido todos os passos elencados acima, pois a possibilidade de focar a área de TI com iniciativas estratégicas para o negócio deve ser o maior benefício a ser almejado.
Profissionais e gestores preparados para este modelo passam a ser fundamentais, pois terceirizar a atividade de TI, trata-se de uma filosofia de gestão, onde as atenções e o conhecimento da empresa devem focar o seu produto, o seu negócio, tornando-se forte nesse assunto e terceirizando tudo aquilo que não contribua diretamente com a razão de ser da organização.
Basta ver, as iniciativas de aplicação das melhores práticas no mercado, sistematizados em um conjunto de livros e processos tais como COBIT e ITIL, disponíveis a todos e que, de forma didática, mostram como organizar melhor suas ações táticas e operacionais de TI e permitem visualizar atividades totalmente terceirizáveis e que efetivamente não contribuem diretamente com a atividade final da organização. Apenas para exemplificar, a GOL Transportes Aéreos, sequer tinha realizado seu primeiro vôo no Brasil e toda a área de TI já era terceirizada no final da década de 90. Talvez isso ajude a explicar, porque ela tem sido, nos últimos anos, a empresa mais rentável na Bolsa de Valores de SP.
Pensar o contrário é cometer um equívoco nesse processo. Primeiro porque terceirizar TI não é moda, que vai e vem ao sabor dos tempos e ao sabor da complacência dos consumidores com a qualidade dos produtos. Segundo, porque, a percepção da maioria, sobre o setor de TI, principalmente na alta esfera executiva das organizações é que TI é um centro gerador de custos e não uma área estratégica do negócio, por razões históricas onde o setor sempre teve dificuldades de mostrar seus resultados.
Para que tudo isso aconteça, é necessário uma mudança de comportamento que extrapola a questão se quero ou não, se devo ou não, terceirizar, quase sempre analisada de forma superficial. Essa mudança deve iniciar nos processos de gestão da empresa com a identificação e análise de como são realizados, hoje, os trabalhos na área de TI e quais são os resultados obtidos até então. Tecnicamente, um bom mapeamento de todos os processos organizacionais será o ponto de partida. É muito provável que a resposta ao final desta análise crítica, seja: "preciso terceirizar, para continuar sendo competitivo!"
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Artigo: Gerenciamento é o segredo da terceirização
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Gerenciamento é o segredo da terceirização
Publicado no site "COMPUTERWORLD" em 22/09/05
Foco em gerenciamento, cautela no processo decisório, critérios claros para definir fornecedores e muita atenção ao gerenciamento. Essas são as recomendações de Maurício Monteiro, analista sênior do mercado de serviços de TI da IDC, na hora de olhar para a terceirização tecnológica como estratégia.
Durante o seminário IT Management 2005 - Gestão de Recursos e Tercerirização, realizado pelo IDG, em parceria com o jornal Computerworld, em Curitiba, no Paraná, o analista destacou ainda a relação entre práticas de governança de TI e iniciativas de outsourcing. "Um processo de governança envolve controles de negócio e de TI, que precisam estar muito bem alinhados", explica Monteiro.
Na análise do especialista, processos de governança exigem que a área de tecnologia garanta que TI suporte e maximize os objetivos da empresa, controle, meça e audite os serviços e identifique os responsáveis por cada um dos processos relacionados ao departamento, entre outras. "A governança deixa clara a importância e mede e melhora continuamente o desempenho de TI", garante.
Para estratégias de outsourcing, Monteiro aponta que adotar modelos de governança é uma forma de atingir os objetivos desejados pela organização. "Defina claramente quem é o responsável pelo relacionamento, tanto do lado do usuário quanto do fornecedor, busque flexibilidade e mensurar resultados e expectativas", recomenda o analista.
De acordo com a IDC, o mercado brasileiro de terceirização movimentou, em 2004, 4,1 bilhões de reais, crescimento de 16,6% em relação a 2003. A previsão da consultoria é que até 2009 esse setor gere 8,1 bilhões de reais em negócios, seguindo uma tendência de crescer, na média, mais que todo o segmento de serviços no período.
Ainda sobre a utilização de métricas e revisão de processos de gestão e qualidade, Paulo Theophilo, principal executivo de Produtos e Negócios da Ricoh Simpress, patrocinadora do evento, indica as oportunidades que surgem com a reengenharia de impressão e outsourcing. "Muitas vezes, em um projeto de terceirização de impressão, os usuários não têm idéia da bilhetagem do volume de páginas", destaca Theophilo. "Com o outsourcing, as informações passam a ser monitoradas conferindo proatividade às ações e gestão do perfil de usuários, além de dar à equipe de TI a competência de gerir e não executar".
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Artigo: Afinal, TI é utility ou profissão?
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Afinal, TI é utility ou profissão?
Publicado no site "COMPUTERWORLD" em 11/08/05 MICHAEL H. HUGOS
O grande vingador da profissão de TI, Nicholas Carr, está de volta com coisas mais assustadoras e polêmicas para dizer. Eu me divirto quando vejo nossa pressa em refutar seus pronunciamentos. Acho que protestamos demais.
Carr tem razão sobre muitas coisas, e muitos de nós sabemos disso. Grande parte do que fazemos na atividade de TI - administrar redes e sistemas aplicativos e instalar e dar suporte a software empacotado - é necessário, mas não mais estratégico para a maioria das organizações. Ironicamente, como nos tornamos muito bons nestas coisas, elas se tornaram "comoditizadas".
Agora, com freqüência, faz sentido terceirizá-las para uma utility de TI, da mesma forma que terceirizamos a produção e o fornecimento de eletricidade para uma empresa de energia elétrica.
Na atividade de TI, existe uma grande divisão entre pessoas que fornecem serviços baseadas em seu conhecimento de produtos de TI e pessoas que fornecem serviços baseadas em seu conhecimento técnico profundo. Isso acontece porque a prática de TI está atingindo um novo nível de maturidade.
Até a década de 80, a tecnologia não mudou tão rapidamente e os profissionais tendiam a identificar-se pela linguagem de programação, sistema operacional ou hardware que conheciam. O ritmo de mudança se acelerou no mundo cliente-servidor dos anos 90. Linguagens populares apareciam e desapareciam a cada três ou quatro anos (lembra-se de dBase e PowerBuilder?). Hardware e sistemas operacionais melhoraram e ficaram mais poderosos a cada ano.
Isso obrigou as pessoas a escolherem um, entre dois caminhos. O primeiro foi se dedicar em tempo integral a aprender novas linguagens e manter-se atualizado em relação a uma versão mais recente de um sistema operacional. O outro foi aprender a aplicar um conjunto de técnicas que poderiam ser empregadas em uma gama de situações de negócio independentemente da tecnologia específica em uso.
Tendo em vista que os fornecedores de hardware e software estão se fundindo rapidamente, existem poucos pacotes de software, sistemas operacionais e plataformas de hardware dominantes. A utilização de um sistema ERP, CRM ou de automação de escritório não mais proporciona vantagem competitiva.
A instalação e a operação destes sistemas por um pequeno número de grandes fornecedores de serviços - utilities - estão se tornando rapidamente uma solução muito eficaz em termos de custos. As organizações estão chegando ao ponto em que não precisam mais ter em suas folhas de pagamento pessoal qualificado para operar estes sistemas.
O futuro dos profissionais de TI cujas habilidades se baseiam largamente em conhecimento detalhado de algum pacote de software, linguagem de programação ou sistema operacional em especial está em uma utility terceirizada.
Os profissionais de TI que aplicam um conjunto de técnicas "core" para projetar e criar sistemas que permitam às organizações atingir suas metas específicas são os que vão definir o futuro da profissão de TI. Estes profissionais serão indispensáveis para o modo como as organizações fornecem produtos e serviços aos seus clientes.
Justamente porque os pacotes de software estão tão comuns, o nível de concorrência está aumentando e as oportunidades de crescimento e lucro estão mudando para novas áreas. O lucro não vem mais de levar grandes volumes de produtos "comoditizados" para a maior audiência possível.
O lucro agora vem de envolver produtos "comoditizados" em um cobertor de serviços customizados de valor agregado que os torna incomparavelmente atrativos para cada cliente. E, como todos os serviços de valor agregado são baseados em informação, as empresas precisam urgentemente de profissionais de TI que saibam usar tecnologia para fornecer este valor.
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Entrevista: Nicholas Carr prega o fim da TI corporativa
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Nicholas Carr prega o fim da TI corporativa
Publicado no site "COMPUTERWORLD" em 22/06/05
Na edição de primavera da revista MIT Sloan Management Review, Nicholas G. Carr prossegue com seus escritos polêmicos sobre o futuro de TI. Suas idéias já foram suficientemente contestadas ou abraçadas por muitos, mas ninguém nunca as tachou de tediosas.
Desta vez, ele conta ao COMPUTERWORLD porque o conceito de departamento de TI corporativa está perto de se tornar ultrapassado.
COMPUTERWORLD - Você intitula seu artigo como "O Fim da Computação Corporativa" ("The End of Corporate Computing"). Qual a razão para isso?
Nicholas Carr - Até agora, presumiu-se que as empresas têm de possuir os ativos básicos envolvidos em computação. Acho que estamos caminhando para uma era em que esta pressuposição será derrubada e estes ativos vão começar a migrar de dentro das corporações para as utilities.
É uma mudança similar à que vimos 100 anos atrás, quando todas as indústrias tinham seus próprios geradores de eletricidade para acionar o maquinário. Ao longo de 20 ou 30 anos eles desativaram estes geradores e começaram a comprar energia elétrica de empresas de serviços públicos. Assim como hoje nós não falaríamos em geração de eletricidade corporativa, acho que amanhã não falaremos em computação corporativa.
CW - Nos últimos anos, houve muita discussão em torno de utility computing. O que há de diferente na sua abordagem?
Carr - Tento ver o aspecto econômico da computação corporativa em oposição à tecnologia de utility computing. Argumento que, até agora, grande parte da discussão sobre o assunto enfocou instâncias isoladas de aplicações hospedadas, como o caso da Salesforce.com ou uma empresa hospedando web sites de outras. É fácil acreditar que se trata de um fenômeno fragmentado em que um grupo de empresas vai fornecer um número limitado de serviços terceirizados.
Eu acredito que se trata de uma onda muito maior de mudança, já que o modelo inteiro atual de business computing gira em torno da fragmentação de ativos básicos - todo mundo tendo de comprar equipamento e software que, em muitos casos, são similares. Tudo isso acabará sendo centralizado fora das organizações, levando a uma eficiência muito maior, que se traduzirá em custos mais baixos e maior confiabilidade para usuários.
CW - Presumindo que você tenha razão, então é uma evolução gradual, e não um evento do tipo "o céu está caindo", certo?
Carr - Sem dúvida. Não vamos acordar amanhã e obter todos os nossos requisitos de computação através de uma tomada na parede. Vai levar duas décadas para que isso aconteça. É uma questão de as utilities, lentamente, criarem escala e expertise suficientes para substituir data centers internos cada vez maiores.
O movimento tende a começar com empresas menores que acham difícil comprar e manter seus próprios sistemas. À medida que o modelo utility se tornar mais eficiente, obterá vantagens de escala sobre funções de TI de companhias maiores.
CW - O modelo de utility traz a dependência em relação a um único fornecedor, o que, com razão, preocupa o pessoal de TI. Como a honestidade da utility seria mantida?
Carr - É uma boa pergunta, porque, para além do interesse de usuários individuais, há o perigo de grande parte desta infra-estrutura muito importante cair nas mãos de pouquíssimas empresas. É vital que continue a existir concorrência no nível da utility e dos fornecedores de componentes para a essa indústria. Não pense que as fabricantes de hardware e software vão desaparecer; simplesmente elas vão deixar de abastecer os usuários e vão passar a abastecer as utilities.
Portanto, é fundamental, no nível mais alto, garantir forte competição entre todas estas partes. Como aconteceu com a eletricidade, talvez o governo tenha de entrar em cena para assegurar que não haja consolidação excessiva.
Analisando pelo lado das companhias, existem determinados riscos em consolidar seus ativos junto a um único fornecedor, mas também existem ganhos consideráveis. Em última instância, as vantagens de se livrar da responsabilidade por ativos preciosos e caros vão superar o receio de permitir que outros cuidem deles.
CW - Empregando a analogia da eletricidade, esse é um fornecimento que não envolve os tipos de riscos à segurança inerentes à transferência de dados. Como a segurança se encaixa neste cenário?
Carr - Acho que a centralização do controle sobre grande parte da infra-estrutura de TI básica vai aumentar o nível de segurança em relação ao modelo altamente fragmentado e distribuído atual. Onde TI é mais distribuída ela se torna mais vulnerável em muitos aspectos. Uma das vantagens da computação utility é que o sucesso e o futuro do modelo dependem inteiramente de sua habilidade em manter a segurança das aplicações.
Dito isso, a consolidação de dados certamente envolve diferentes aspectos de segurança e, no âmbito de tecnologia e políticas, chegar ao nível necessário para que as utilities realmente de larga escala surjam vai exigir inovações e avanços. Mas, com o correr do tempo, a economia vai norteá-los e tudo vai acontecer.
CW - Você diz que um fornecedor externo assumirá responsabilidades por todos os requisitos de TI de uma empresa - desde infra-estrutura e storage a aplicações. Não é o mesmo que esperar que uma empresa de energia também forneça as lâmpadas, a TV e o aspirador de pó?
Carr - Não. Uma diferença essencial entre eletricidade e TI é o número de camadas de aplicações. Com eletricidade, você tinha a geração, e os usos desta geração precisavam ocorrer localmente - como no caso do aspirador. Com TI, existe uma infra-estrutura básica, depois uma camada de software aplicativo que pode, cada vez mais, ser executado remotamente.
O modo como o output deste software aplicativo é utilizado pelas empresas, esta é a camada que permanecerá local. As empresas ainda terão de descobrir não só a melhor maneira de usar a informação dos programas, mas também como adaptar processos e fazer tudo que precisa ser feito hoje. A diferença é que a preocupação com toda a base ficará a cargo de outros.
CW - Na sua visão, ainda existe, hoje, alguma coisa reconhecível como TI?
Carr - O que agora chamamos de departamento de TI é improvável que continue a existir na presente forma, mas acho que você ainda precisará de pessoas que combinem profundo conhecimento técnico com forte conhecimento de negócio e processos, porque haverá demanda por alguém capaz de traduzir tudo que você está comprando de fornecedores externos e interfacear isso para seus próprios processos.
Se você fizer a pressuposição de que, recentemente, os departamentos de TI começaram a mudar para um foco em processo e negócio, de certa forma isso será uma continuidade daquela mudança.
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Artigo: Provedores de Aplicações
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Provedores de Aplicações
Publicado no jornal "Diário do Comércio" em 15/06/05 MAURÍCIO PINTO DA ROCHA
As pequenas e médias empresas, que nas últimas décadas investiram em soluções de tecnologia da informação (TI) através da compra de sistemas de gestão empacotados, estão atualmente sofrendo do denominado “mal da TI”, fenômeno associado ao forte crescimento dos custos relativos à implantação e manutenção deste modelo de solução. Dentro deste contexto, uma tendência recente já pode ser identificada: a TI corporativa começa a fazer o caminho de volta à centralização, através dos Provedores de Aplicações ou “ASP’s”, que são empresas especializadas em fornecer soluções corporativas remotamente.
O que se tem observado é que as despesas com o pagamento de licenças de uso dos chamados pacotes de ERP (gestão empresarial), somadas aos elevados custos de manutenção adaptativa e corretiva, e aos denominados custos invisíveis – tais como aqueles relativos aos preços dos servidores, micros e estações de trabalho e mão-de-obra especializada – têm tornado os custos destas soluções excessivamente altos, comprimindo as margens de lucro das empresas que ainda adotam esse modelo. Assim, é imperativo que essas empresas reavaliem o conceito de TI que hoje predomina em seu ambiente de negócios, para não acabarem sufocadas.
Atualmente, o modelo da TI corporativa baseado na concepção “ASP” disponibiliza soluções completas, oferecidas com um atendimento personalizado com tecnologia de ponta, abrangendo desde a conexão Internet, passando pelas soluções de ERP, CRM , PCP, DW, Portais de e-business, e outros serviços complementares.
Diferentemente do modelo comumente utilizado, a concepção “ASP” tende a ser mais racional do ponto de vista econômico e financeiro, uma vez que não trabalha com o conceito de pagamento de licenças de uso dos programas, não requer as constantes atualizações (up grade) de servidores e micro-computadores, entre outras vantagens. Além destes aspectos favoráveis à concepção “ASP”, a empresa que adota esta modalidade paga um valor fixo ao longo do tempo e tem a possibilidade de planejar um crescimento escalonado e gradativo da solução, tornando-a mais compatível com o seu faturamento. Sem dúvida, este é um ponto de grande relevância pois facilita enormemente o processo de implantação das soluções de TI a custos bastante razoáveis para as empresas.
Segundo especialistas que atuam como Provedores de Aplicações, executivos de várias empresas de pequeno e médio porte estão refazendo suas contas relativas ao pagamento de serviços de TI, e estão percebendo que, realmente, os altos custos do modelo de pacotes exige um esforço financeiro e cultural muito grande e que os problemas de TI com os quais se defrontam diariamente acabam tomando tempo e, não raro, desviando o foco de atuação de suas equipes para outras áreas que não aquelas específicas do seu negócio.
É preciso considerar que diante do crescente uso corporativo da Internet não é mais necessário levar a chamada TI “de missão crítica” para dentro das empresas. As evidências apontam justamente para o movimento oposto. Portanto, independentemente do ramo de atuação da empresa, a definição quanto à concepção básica da solução de TI torna-se estratégica para a sua própria sobrevivência e longevidade no mercado. E esta percepção é ainda mais verdadeira para pequenas e médias empresas que, reconhecidamente, apresentam maior restrição de gastos, o que exige maior racionalização de despesas e priorização do foco de seu negócio.
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Artigo: Serviços de Tecnologia
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Serviços de tecnologia
Publicado no jornal "Diário do Comércio" em 07/06/05 ROSS REXER
Em busca da excelência operacional, vantagem estratégica e redução de custos, empresas de todo o país têm terceirizado, de forma irreversível, sua tecnologia e até seus processos de negócios. Este movimento está revolucionando o mercado de serviços de TI. Com isso o setor de tecnologia, definitivamente, está deixando de ser um mero fornecedor de soluções e ferramentas para se inserir, de forma integral, no risco do negócio do contratante, tornando-se dele um parceiro de longo prazo.
Antigamente os sistemas de informação e rede - e o suporte e gerenciamento de equipamentos - comandavam a terceirização de tecnologia da informação nas empresas. Hoje a terceirização está se ampliando, atingindo o gerenciamento de aplicações tecnológicas - soluções personalizadas destinadas a auxiliar o usuário na realização de tarefas - e também os processos de negócios.
Assim, constata-se que a terceirização não está se limitando, como antes, na administração de ambientes de TI e telecomunicações, mas também no método de operação das empresas sustentado pelo conjunto destes itens.
É verdade que esta tendência de terceirização de processos de negócios ainda está em desenvolvimento, sendo ainda pouco aplicada no Brasil em relação a alguns outros países. No entanto, ela tem um enorme potencial de expansão nos próximos anos.
Para se ter uma idéia do que pode ser terceirizado no âmbito de processos de negócios dentro de uma empresa, relacionam-se gerenciamento de documentos da área administrativa, desenvolvimento e projeto de produtos, realização de processamentos de dados de contabilidade e finanças, gestão de benefícios da área de recursos humanos, gerenciamento da cadeia de abastecimento e também de operações de compra e venda, e muitos outros itens.
O principal motivo do impulso verificado na terceirização de TI no país, nestes últimos tempos, está relacionado ao fato de que as empresas não agüentavam mais investir em tecnologia e não ter retorno do dinheiro aplicado. Além disso, elas também descobriram que a manutenção da tecnologia chegava a custar três vezes mais do que o recurso inicialmente investido para implementá-la; e, ainda, responsabilizavam-se por um conjunto de iniciativas e equipamentos tecnológicos, sem, no entanto, ser esta a sua atividade-fim. Assim, concluíram ser mais fácil transferir a responsabilidade pela tecnologia para os que têm isto como foco em seus negócios.
A terceirização também teve outros percalços quando as primeiras experiências neste campo surgiram. Os acordos entre as empresas de serviço de tecnologia e a as empresas eram vagos e não havia uma definição clara das responsabilidades de cada envolvido no projeto. Um outro problema foi a questão do legado tecnológico das empresas, cuja transição para o modelo de terceirização exigia uma bem-pensada estratégia de mudança de ambiente. No entanto, poucos conseguiam fazer isso com pleno conhecimento de causa.
Atualmente os níveis de acordo de trabalho entre as empresas e os prestadores de serviço em TI trazem cláusulas claras, objetivas e flexíveis de operação. Além disso, coloca o prestador de serviço numa condição de parceiro, comprometido com os resultados da empreitada não só nos primeiros dias de implementação do projeto, mas também pelo desempenho dele durante os anos em que estiver em atividade.
Com isso a necessidade de as empresas manterem seus negócios ativos e, ao mesmo tempo, colocarem em prática suas iniciativas de TI, otimizando-os da melhor forma possível, estão fazendo com que adotem a terceirização de forma ampla, indo além de transferir a terceiros a responsabilidade por um conjunto de instrumentos tecnológicos.
Por outro lado, esta nova realidade vai exigir do segmento de tecnologia - fornecedores, prestadores de serviço e fabricantes - uma dose de ousadia e muita competência para participar deste irreversível curso do segmento, além de um conhecimento maior dos riscos ao oferecer serviços ao mercado.
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